AMIGOS de ANDRÉ MUSTAFÁ

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ESPETÁCULO dirigido por ANDRÉ MUSTAFÁ


B R E V E    H I S T Ó R I A

Na Alemanha, o teatro engajado tinha como único respaldo o forte movimento operário. A partir de 1928, a esquerda obtém uma expressiva votação e o Partido Comunista Alemão passou a apoiar com entusiasmo a movimentação teatral que vinha se desenvolvendo durante toda a década de 1920.


A transferência de Brecht para Berlim, em 1924, coincide com o movimento ascensional do teatro político. Brecht trabalha com Piscator e, graças a ele, convence-se da necessidade de fazer um teatro político. As influências de Piscator e, também, da vanguarda russa fizeram-no refletir sobre a necessidade de revolucionar a forma do teatro, reflexão que o acompanhou pelo resto da vida.


À semelhança da Revolução Russa, o movimento operário alemão organizou-se em soviets. Durante essa breve experiência revolucionária, o rádio faz sua estréia, servindo como meio para coordenar o movimento nas várias regiões do país e manter contato com o regime revolucionário da Rússia. O rádio surge, pois, como um instrumento de mobilização política, e, só depois de cinco anos, com a revolução derrotada, é que se estabeleceu a "radiodifusão pública da diversão", ou seja, passou a ter uma função comercial e a monopolizar o "comércio acústico", segundo a feliz expressão de Brecht.



É nesse contexto que Brecht intervém com sua "Teoria do rádio", respaldado pela existência do movimento das rádios operárias que, entretanto, a cada dia vai conhecendo a presença sufocante da censura. Quando o tempo fecha de vez, os ativistas passam a interceptar as emissoras oficiais para fazer discursos políticos. Brecht reivindica a transformação desse aparelho de distribuição num verdadeiro instrumento de comunicação.


                    
           O ESPETÁCULO

O vôo sobre o oceano – peça didática radiofônica de Brecht para rapazes e moças é, talvez, a mais interessante delas. Brecht encena a façanha de Lindbergh. A estrutura básica da peça é uma releitura de duas peças radiofônicas deste (“O Vôo Sobre o Oceano” e “Baden-Baden”). O Comandante Fulano de Tal cria em Nova Iorque uma máquina voadora muito interessante. Semelhante a um helicóptero, com uma grande hélice acima de sua cabeça e três grandes rodas, como num triciclo, a máquina – batizada de “O Espírito de São Luiz” - é seu orgulho máximo e sua grande ambição é cruzar o oceano pelo ar, de Nova Iorque à Europa, pela primeira vez na história humana. Atingido esse objetivo, o comandante conseguiria seu objetivo principal: “fama, fama, fama e glória!”.  Ao longo desta viagem, Fulano de Tal enfrenta uma tempestade de neve, o nevoeiro, o seu próprio sono e o julgamento dos outros. Os atos são exatamente os obstáculos a serem transpostos, e têm praticamente a mesma duração.




 André Mustafá e o L I C E U




Liceu de Artes e Oficios da Bahia - Centro histórico de Salvador


André Mustafá e Elaine Cardim, além de serem arte-educadores de diversas atividades com jovens, dirigiram, o Espetáculo O vôo sobre o oceano no Liceu de Artes e Oficios da Bahia com  vinte e cinco jovens de 16 à 24 anos inscritos, selecionados e que depois de passar por diversas etapas de atividades arte-educativas ; durante o período de 1 ano, ensaiaram esse Espetáculo, desenvolvendo personagens, figurinos, cenografias, cantos, danças, adereços...As apresentações finais foram no Teatro do Liceu.

Liceu de Artes e Oficios da Bahia - Centro histórico de Salvador



CONQUISTANDO E DESBRAVANDO A CIDADÂNIA

 "O vôo sobre o oceano, foi o resultado final de curso, na qual os jovens criaram laços não somente com o período histórico em que viveu B. Brecht, mas as questões que permeiaram o Espetáculo e as novas realidades que podem ser reveladas e confrontadas dia a dia com a participação dinâmica de cada jovens que traz seus anseios, sonhos, desejos e realidades em suas bagagens. Vamos embarca nesse vôo: ja é hora!!!!!!". André Mustafá









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