AMIGOS de ANDRÉ MUSTAFÁ

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

MOSTRA FINAL TEATRO


A Secretaria de Cultura de São Paulo, com o Programa Vocacional realizou a Mostra dos vocacionados de teatro dos CEUS, Rosa da China, Três Pontes e Sapopemba no ultimo dia 15 de outubro. Foram mais de quarenta jovens em cena que puderam expor seus experimentos, seus corpos, suas falas, olhares, toques, silencio... Suas relações... Seus desejos!!!!!!!!


 A cena tomava texturas múltiplas e o calendoscópio de cores ia se ampliando e multiplicando suas matizes. O que estava em jogo, mais do que um produto teatral, foi suas estratégias de organização antes, durante e depois da cena: a chegada no espaço para os últimos ajustes com ensaios direcionados, aquecimento de corpo e voz, novas marcações de luz e som com os técnicos, entradas e saídas com objetos de cena, organização dos camarins, maquiagem, figurinos... e muita respiração, transpiração e ação!!!!!!!!!!


 Como revelar ao publico com outras formas de comunicação o que tanto pensaram e ensaiaram fora do palco? Chegou a hora de saber!!!!! Seus processos, coletivos e individuais, foram para a cena e tomaram corpos distintos, volumes, galoparam e a cada passo de suas interações com o publico iam sentindo os infinitos bate-bola que tudo isso criava e se recriava em torno da luz, espaço e do tempo. É provável que nem agora tenhamos consciência das inúmeras explosões que provocamos e fomos provocados. Só o Tempo dirá.


Fazer teatro é mais do que está em cena, é o convívio diário com outros seres e objetos, que se reagrupam por afinidade sensorial e constroem um outro laço conceitual dos signos que sustentam a palavra e a atitude de estar junto: em família. Aqui a figura do pai tentou pousar diversas vezes na mão do Artista Orientador, pois ele direcionamava com disciplina os horários de chagada e termino dos encontros, os aquecimentos corporais, a concentração, a ultima palavra ou a palavra dita "certa"... isso tudo foi sendo desfeito e sendo redistribuído junto aos outros membros. O papel do Diretor de Teatro ou do Professor não fazia sentido ser depositado em uma só figura. A mãe, pousava ténue no mesmo Orientador, trazendo o carinho do abraço, aperto de mão, do olhar cheio de afeto, mas da palavra sincera e sem atrasos. Nada (com essa mãe) virou "bola de neve"! Tudo era posto na mesa e todos contribuíam e partilhavam do que era e do que deveria ser ou do que nunca deveria ter sido!!! Muitas alegrias com nossos tombos, isso é o que foi. Assim a mãe foi também sendo repartilhada em pedaços específicos junto aos membros e todos de seu jeito peculiar chamava atenção do outro sobre as faltas, os atrasos, a piada fora de hora, mas também do abraço, do bom dia, do boa tarde, da elegância de estar em conjunto por um fim maior: o do descobrimento interior. Viva nossa verdadeira pátria!!!!!!!! 


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