André Mustafá criando mandalas |
Minha aproximação com as crianças de 5 a 10 anos de idade, deu início com a pintura e posterior construção de mandalas. As mandalas (para o trabalho de Mustafá) criam um espaço intimo com o educando fortalecendo vínculos, criando o equilíbrio e a desarmonia de cores, formas e texturas. As mandalas enunciam se a criança tem um nível "X" de organização pessoal.
Posteriormente realizei a mesma atividade de criação de mandalas com educandos de 12 a 15 anos. Aqui é possível traduzir o universo sensorial dos adolescentes e o estado energético e suas matizes.
Adolescentes e crianças, educandos de André Mustafá, construindo mandalas para reorientar suas cores internas. |
Após o trabalho de uma semana com as três turmas de crianças e adolescentes, desenhando, pintando e recortando suas mandalas, resolvi decorar a parede do refeitório dessas crianças... aquele lugar precisava de cor! de alegria! E mais ainda, de uma espaço de apropriação feita por Eles. Com a carinha deles... Não deu outra: todos adoraram!!!!! Ficavam comendo suas refeições e comentando com seus coleguinhas.
O próximo estágio era saber até que ponto as formas circulares das mandalas podem revelar mundos perdidos (ou pouco visíveis a olho nu): Iniciamos com a construção de mandalas em suportes diversos e folhas secas; ampliando assim o repertorio dos adolescentes e das crianças.
O próximo estágio era saber até que ponto as formas circulares das mandalas podem revelar mundos perdidos (ou pouco visíveis a olho nu): Iniciamos com a construção de mandalas em suportes diversos e folhas secas; ampliando assim o repertorio dos adolescentes e das crianças.
Mandala presenteada por uma das crianças à André Mustafá. |
O interessante de tudo foi receber, pela manhã bem cedo, a chegada de todas as crianças e ver uma delas chegar ao meu lado e me presentear com uma mandala que ele fez junto a sua irmã: ela não era desenhanda e nem pintada: ela era recortada!!!! Uaooooo!!!! foi muito lindo meeesmo. Vi que meu trabalho tinha chegado na casa.... no coração das famílias. Vi que essa mandala poderia muito bem ser molde vazado para as pinturas das mesmas nas camisas.
Partimos do trabalho individual das mandalas para a construção coletiva da "Arvore dos Desejos" onde nas folha são escritos os desejos (para o futuro) de cada um do grupo. Aqui iniciamos uma segunda parte de meu contato como educador de crianças e adolescentes: o espaço em que poderei no futuro propor atividades coletivas em que envolva muito mais seus desejos, sonhos, frustrações e conquistas.
"Arvores dos Desejos" feitas pelo professor André Mustafá, crianças e adolescentes de 05 à 15 anos |
Desenhos de André Mustafá |
Desenhos de André Mustafá |
Educandos de André Mustafá em atividades de pintura. |
Adolescentes orientados pelo educador André Mustafá, iniciam as pinturas de paisagens. |
Adolescentes orientados pelo educador André Mustafá, fazem também adereços para o espetáculo que estão escrevendo. Esse é o "mapa do tesouro". |
André Mustafá junto com os educandos construíram também mascaras de papel machê para algumas cenas do espetáculo. O intuito aqui com a construção de um espetáculo é criar autonomia intelectual e liberdade artística para pensar o roteiro, as cenas, falas... além de figurinos, cenários, maquiagens, adereços e tudo o mais que permeia o espaço dramático da cena.
O educador André Mustafá deu inicio também a um processo mais longo que é o da maquiagem. Pintar o rosto para os menores de 6 a 9 anos já é bem mais criativo, mas o processo com os adolescentes nem sempre é fácil. O processo de pintar o rosto é de despir-se, de entrega e assim de confiança plena e reciproca de educando e educador, de toque, paciência para a maquiagem ficar pronta e de ressignificar o rosto quando olhado no espelho. Depois de pronta se divertir, gritar, pular e inventar (a partir da pintura no rosto) um personagem... mimetizá-lo. Isso é o germe do teatro!!!
O educador André Mustafá, ensinando a técnica de papietagem no cenário para os adolescentes de 12 a 15 anos. O cenário foi composto de duas faces: a primeira era a cidade amontoada e suja e a segunda face era a cidade ideal; com casas grandes e arejadas e muitas flores e campos verdejantes. O cenário foi feito de caixas de papelão e a ideia era em dado momento do espetáculo os próprios educandos-atores pudessem vira-lo, em conjunto com uma musica ou cena: daí tínhamos a continuação do espetáculo com a "virada dramática" da historia. |
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