AMIGOS de ANDRÉ MUSTAFÁ

terça-feira, 29 de setembro de 2009

AFRICANIDADESSS


As roupas, por exemplo, não servem tão somente para proteger o corpo, através das roupas, assim como em um texto, podemos identificar muitos códigos que determinam as posições sociais, políticos e econômicas das pessoas que usam determinada roupa, nelas estão expostas marcas culturais e hierárquicas.
O traje afro-baiano é representante de uma memória africana na Bahia do período colonial e imperial. É preciso lembrar que o traje foi pensado e elaborado sob o julgo da escravidão. Estas roupas resultam do exercício coletivo de memórias ancestrais. Estas mulheres e homens souberam, magistralmente, driblar o sistema escravista e construir as bases de novas organizações sócio-religiosas.


Há uma soma de formatos europeu e africano e há principalmente um resultado peculiar na organização da roupa. Pode-se dizer que equivale à roupa de baiana ou estar vestida à baiana, contudo existem algumas conotações sociais que ganharão feições conforme a cerimônia, a festa ou se for de uso cotidiano ou até mesmo simplificada e adaptavelmente dinamizada, também na sua coerência cotidiana.

As crioulas, nesta época, carregavam em seus ombros o pano-da-costa, identificador de uma matriz africana, uma África que estava geograficamente distante e paradoxalmente próxima. Elas também incorporaram em seu traje elementos da cultura, que era hegemônica, como as saias com bico de renda, batas e camisus bordados em richelieu.

Esses são um dos assuntos que André Mustafá proporcionará nesta Oficina. Ligue e se informe.

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